Príncipe Charles

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depois

Sempre ouvi que a felicidade está nas pequenas coisas, mas nunca achei que isso daria tão certo um dia.
Uma ida à locadora, uma caminhada por ruas que eu não costumo passar, um filme light e outras pequenas coisas transformaram a minha segunda-feira, que tinha tudo pra ser entediante, num agradável dia de férias. Sugestão do Bruno...

Parece coisa de 1700, mas não é: foram descobertas no Pará, fazendas em que existe trabalho escravo. Isso mesmo, trabalho escravo no Brasil, em 2004.

-Mãe, por que no jornal estão falando de escravos? Isso não acabou com a Princesa Isabel?
-É meu filho, deveria ter acabado, mas parece que continua, né?
-Mas essas pessoas trabalham, trabalham, sem ganhar nada?
-É, ué! Trabalho escravo é isso!
-Mas por que elas não fugiam então?
-Vai ver que elas não tinham pra onde ir, assim como aconteceu quando os escrevos foram soltos pela princesa. Trabalho ta difícil de conseguir!
-Ah... mas tem gente que tem emprego e ganha muito bem não é?
-Tem sim! Gente que em algumas horas ganha muito mais do que seu pai e eu ganhamos em um mês!
-É aquela estória de desigualdade social... Quem será que inventou tudo isso, hein? Deve ter sido o mesmo cara que resolveu fazer uma fazenda e obrigar as pessoas a trabalhar nela sem salário, não é?
-Pode ser, mas você não está com sono, filho? Vamos dormir que está tarde, hoje tive um dia muito cheio de trabalho...
-Mas mãe! Como será que tudo isso começou?
- ...
E por que continua até hoje? Será que não tem jeito de mudar? Alguém deve ter tentado fazer isso...
-Aham...
- Mas quem? Tem várias coisas que eu queria saber. Você não sabe responder, né mãe?
- ...
- Mãe... Mãe... Ô MÃE!!!
-Zzzz....

Não é a toa que o filme recebeu quatro indicações ao Oscar e tantas outras indicações e premiações!
Baseada em fatos reais, o filme de Fernando Meirelles (adaptação do livro de Paulo Lins) conta a estória de moradores da favela Cidade de Deus.
A favela carioca foi formada nos anos 60 com o intuito de afastar da bela cidade, os moradores indesejáveis.
A guerra surgida a partir da briga de Mané Galinha e Zé Pequeno, o trafico de drogas, a vontade de Buscapé de sair da favela e trabalhar num jornal como fotógrafo, os assassinatos friamente executados, o papel da polícia na favela... tudo isso em duas horas que ficamos completamente “conectados” com o filme.
Se o Brasil só faz cinema pra mostrar o lado triste do país? É o que muita gente diz, mas não acho que seja bem assim. Sexo, amor e traição é brasileiro e nem um pouco triste, não tem favela, não tem pobreza. Tem pessoas ricas, preocupadas com a relação amorosa, viagens e trabalho.

Essa é a minha carinha no blog do UOL!

É gente, chegou o dia mais esperado do ano! Tá bom, não é bem assim... na verdade chegou o dia mais esperado do ano por mim: é o meu aniversário! Aff, não acredito que coloquei esta frase aqui!
Queria escrever alguma coisa sobre a minha looonga jornada, mas qualquer coisa ficaria brega e pessoal demais, e o que eu menos quero é breguice!
Mas, ah, tinha que dizer que estou feliz por estar ficando boa nesse negócio de viver, já tenho 20 anos de experiência!

Ta, ficou brega, mas não importa, hoje pode...

Tem alguma novidade por aqui, não? Na verdade várias:

1) Já dá pra voltar a fazer comentários no Acontecência, isso se tiver algum leitor por aí...
2) Agora temos um garoto-propaganda, o Eddie Murphy. Ele insistiu em fazer essa homenagem ao blog que ele tanto admira e eu deixei, né?
3) O banner do Acontecência ficou muito chique. Depois de vários dias tentando coloca-lo no blog, aí está a grande novidade de hoje. A artista responsável por ele é a Mariana Eller do Hora do Chá. Mari, “brigadão”!